Blockchain no setor elétrico brasileiro: desafios da Permisionless Innovation
DOI:
https://doi.org/10.20401/rasi.11.3.1003Palavras-chave:
Blockchain. Energia. Inovação. Barreiras. Teoria da inovação não-permissionada.Resumo
Dentre os inúmeros setores da economia nos quais a tecnologia blockchain já se faz presente, o setor elétrico se destaca como um dos mais promissores para sua adoção. Apesar de ainda ser pouco conhecida por muitos, essa tecnologia já vem sendo aplicada em áreas onde os desafios encontram soluções mais viáveis por meio de sua utilização. No entanto, o setor de energia é altamente complexo e regulado, o que frequentemente impede a adoção de novas tecnologias, limitando oportunidades e restringindo o desenvolvimento de novos negócios que poderiam se beneficiar do blockchain. Este estudo tem como objetivo demonstrar como a tecnologia blockchain pode ser aplicada ao setor energético brasileiro, considerando a seguinte questão de pesquisa: como as empresas do setor de energia elétrica no Brasil enfrentam os desafios da adoção e do uso da tecnologia blockchain? A metodologia utilizada foi um estudo exploratório baseado em entrevistas com especialistas e executivos do setor, abordando cinco empresas de pequeno, médio e grande porte que atuam no Brasil e no exterior e possuem casos de aplicabilidade da tecnologia. Os resultados obtidos evidenciam as dificuldades e desafios enfrentados pelas empresas no Brasil ao implementar o blockchain no setor energético. A análise foi realizada à luz da teoria da inovação não permissionada, destacando os impactos das críticas e regulamentações que frequentemente impedem o avanço e a adoção dessa tecnologia no setor.
Downloads
Referências
Abdella, J., & Shuaib, K. (2018). Peer to peer distributed energy trading in smart grids: A survey. Energies, 11(6). https://doi.org/10.3390/en11061560.
Aguinis, H., Villamor, I., Lazzarini, S. G., Vassolo, R. S., Amorós, J. E., & Allen, D. G. (2020). Conducting Management Research in Latin America: Why and What’s in It for You? Journal of Management, 1–22. https://doi.org/10.1177/0149206320901581.
Andoni, M., Robu, V., Flynn, D., Abram, S., Geach, D., Jenkins, D., McCallum, P., & Peacock, A. (2019). Blockchain technology in the energy sector: A systematic review of challenges and opportunities. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 100(October 2018), 143–174. https://doi.org/10.1016/j.rser.2018.10.014.
Baliga, A. (2017). Understanding Blockchain Consensus Models. Whitepaper, April, 1–14. https://www.persistent.com/wp-content/uploads/2017/04/WP-Understanding-Blockchain-Consensus-Models.pdf.
Blind, K. (2013). The Impact of Standardization and Standards on Innovation. 13, 32. www.nesta.org.uk/wp13-15.
Bresnahan, T. F., & Trajtenberg, M. (1992). General Purpose Technologies "Engines of Growth?" NBER Working Paper. Disponível em https://ssrn.com/abstract=282685. Recuperado em 15 junho, 2019.
Bronski, P. (2019). The Energy Sector Needs to Stop Seeing Blockchain as a Disruption. CCEE. (2012). Construindo um mercado inteligente de energia elétrica no Brasil.
Chitchyan, R., & Murkin, J. (2018). Review of blockchain technology and its expectations: Case of the energy sector. arXiv preprint arXiv:1803.03567.
Cointelegraph, B. (2019). O que é Blockchain e como esta tecnologia funciona? Disponível: https://br.cointelegraph.com/tags/blockchain. Recuperado em 18 junho, 2019.
Costa, A. B. (2006). O desenvolvimento econômico na visão de Joseph Schumpeter. Cadernos IHU Ideias, 47, 1–22. http://www.ihu.unisinos.br/images/stories/cadernos/ideias/047cadernosihuideias.pdf.
Creswell, J. W. (2010). Seleção de um Projeto de Pesquisa. In Projeto de pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto.
Creswell, J. W. (2016). Creswell, J.W. projeto de pesquisa- método qualitativo, quantitativo e misto. Tradução de Luciana de oliveira da rocha. 3 Ed. Porto Alegre-artmed, 2016. In Artmed.
Dotson, T. (2015). Technological Determinism and Permissionless Innovation as Technocratic Governing Mentalities: Psychocultural Barriers to the Democratization of Technology. Engaging Science, Technology, and Society, 1, 98–120. https://doi.org/10.17351/ests2015.009.
Ettlin, A. (2018). Dynamic modeling of peer-to-peer power market making. International Conference on the European Energy Market, EEM, 1–5. https://doi.org/10.1109/EEM.2018.8469775
Ferreira, J. E., Pinto, F. G. C., & Santos, S. C. (2017). Estudo de Mapeamento Sistemático sobre as Tendências e Desafios do Blockchain. Gestão Org, 15(Special), 108–117. https://doi.org/10.21714/1679-18272017v15ed.p108-117
Hess, D. (2009). Alternative Pathways in Science and Industry: Activism, Innovation, and the Environment in an Era of Globalization. American Journal of Sociology. https://doi.org/10.1086/599998.
Hess, D. (2015). Power, Ideology, and Technological Determinism. Engaging Science, Technology, and Society, 1, 121–125. https://doi.org/10.17351/ests2015.010.
Jackson, A., Lloyd, A., Macinante, J., & Hüwener, M. (2018). Networked Carbon Markets. Transforming Climate Finance and Green Investment with Blockchains, 255–268. https://doi.org/10.1016/b978-0-12-814447-3.00019-7.
Jesus, E. F., Chicarino, V. R. L., De Albuquerque, C. V. N., & Rocha, A. A. D. A. (2018). A Survey of How to Use Blockchain to Secure Internet of Things and the Stalker Attack. Security and Communication Networks. https://doi.org/10.1155/2018/9675050.
Jogunola, O., Ikpehai, A., Anoh, K., Adebisi, B., Hammoudeh, M., Gacanin, H., & Harris, G. (2018). Comparative analysis of P2P architectures for energy trading and sharing. Energies, 11(1), 1–20. https://doi.org/10.3390/en11010062.
K. Yin, R. (2019). Case Study Research: Design and Methods. In: SAGE Publications. International Educational and Professional Publisher. https://doi.org/10.4324/9780429059056-6.
Kümmel, R., Ayres, R. U., & Lindenberger, D. (2010). Thermodynamic laws, economic methods and the productive power of energy. Journal of Non-Equilibrium Thermodynamics, 35(2), 145–179. https://doi.org/10.1515/JNETDY.2010.009.
Marshall, C., & Rossman, G. B. (2006). Designing Qualitative Research. Sage Publications, 4.
Miseviciute, J. (2018). Blockchain and virtual currency regulation in the EU. Journal of Investment Compliance, 19(3), 33–38. https://doi.org/10.1108/joic-04-2018-0026.
Mylrea, M., & Gourisetti, S. N. G. (2017). Blockchain for smart grid resilience: Exchanging distributed energy at speed, scale and security. Proceedings - 2017 Resilience Week, 18–23. https://doi.org/10.1109/RWEEK.2017.8088642.
Natarajan, H., Krause, S., & Gradstein, H. (2017). Distributed Ledger Technology and Blockchain. World Bank Group. World Bank. https://doi.org/10.1596/29053.
OECD, E. (2018). Presentación Oslo Manual 2018. https://doi.org/10.1787/9789264304604.
Pimazzoni, E., & Revoredo, T. (2018). A energia como estratégia no planejamento econômico-social. Estadão, 1–8.
Pimazzoni, E., & Revoredo, T. (2019). Casos de sucesso da tecnologia blockchain no setor de energia. Estadao.
Rifi, N., Agoulmine, N., Chendeb Taher, N., & Rachkidi, E. (2018). Blockchain Technology: Is It a Good Candidate for Securing IoT Sensitive Medical Data? Wireless Communications and Mobile Computing, 2018. https://doi.org/10.1155/2018/9763937.
Seba, T. (2016). Clean Disruption - Why Conventional Energy & Transportation will be Obsolete by 2030 - Oslo, March 2016 - YouTube. YouTube.
Selltiz, C., Wrightsman, L. S., Cook, S. W., & Kidder, L. H. (2007). Métodos de pesquisa nas relações sociais: medidas na pesquisa social. EPU.
Shen, C., & Pena-Mora, F. (2018). Blockchain for Cities - A Systematic Literature Review. IEEE Access, 6(December), 76787–76819. https://doi.org/10.1109/ACCESS.2018.2880744.
Spradley, J. P. (1979). The Ethnographic Interview. New York, NY: Harcourt Brace Jovanich College Publisher.
Teece, D. J. (1986). Profiting from technological innovation: Implications for integration, collaboration, licensing and public policy. Research Policy, 15(6), 285–305. https://doi.org/10.1016/0048-7333(86)90027-2.
Thierer, A. (2016a). Permissionless innovation : the continuing case for comprehensive technological freedom (Revised an). Mercatus Center - George Mason University.
Thierer, A. (2016b). Permissionless innovation and public policy: Mercatus Center - George Mason University.
Tidd, J. (2005). Managing innovation [electronic resource: integrating technological, market and organization change. In: Managing Innovation: Integration Technological, Market and Organizational Change.
Wang, J., Wang, Q., Zhou, N., & Chi, Y. (2017). A novel electricity transaction mode of microgrids based on blockchain and continuous double auction. Energies, 10(12), 1–22. https://doi.org/10.3390/en10121971.
Wang, N., Zhou, X., Lu, X., Guan, Z., Wu, L., Du, X., & Guizani, M. (2019). When energy trading meets blockchain in electrical power system: The state of the art. Applied Sciences (Switzerland), 9(8). https://doi.org/10.3390/app9081561.
Xu, C., Wang, K., Li, P., Guo, S., Luo, J., Ye, B., & Guo, M. (2019). Making Big Data Open in Edges: A Resource-Efficient Blockchain-Based Approach. IEEE Transactions on Parallel and Distributed Systems, 30(4), 870–882. https://doi.org/10.1109/TPDS.2018.2871449.
Zheng, Z., Xie, S., Dai, H. N., Chen, X., & Wang, H. (2018). Blockchain challenges and opportunities: A survey. International Journal of Web and Grid Services, 14(4), 352–375. https://doi.org/10.1504/IJWGS.2018.095647
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista de Administração, Sociedade e Inovação

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A RASI, de acordo com a Lei nº 9.610, de 19.02.98 que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências, adota as seguintes condições da Cessão de Direitos Autorais:
- A Revista de Administração Sociedade e Inovação (RASI) mantém, com a cessão dos direitos autorais, a posse dos direitos sobre os conteúdos por ela publicados;
- O autor retém seus direitos morais do conteúdo, incluindo o direito de ser identificado como autor sempre que o conteúdo for publicado;
- Apesar da atribuição dos direitos autorais o autor retém o direito de reutilizar o material em coleções futuras de seu próprio trabalho sem ônus. Os reconhecimentos da publicação anterior na RASI são as únicas exigências em tais casos;
- O autor pode fazer fotocópias do conteúdo, ou distribuí-lo por meio de correio eletrônico ou fax, desde que destinadas às suas próprias aulas e com finalidade de atender objetivos de pesquisa, sob a condição de que: (a) tais cópias não sejam revendidas e (b) referência a fonte original da publicação e o nome da RASI estejam indicados claramente em todas as cópias feitas do material.