Estratégia como prática para o enfrentamento da crise hídrica: Um olhar para os praticantes
DOI:
https://doi.org/10.20401/rasi.4.2.202Keywords:
Estratégia como prática; Práxis; Prática; Praticante; Crise Hídrica.Abstract
O objetivo deste artigo é analisar, por meio de um estudo de caso, as estratégias implementadas pelos praticantes na Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Três Marias durante o período de agravamento da crise hídrica, sob a ótica da estratégia como prática. Para tanto, coube explanar sobre o conceito de estratégia como prática e seus elementos: prática, práxis e praticantes no referencial teórico. O trabalho se constitui em um estudo de caso feito na Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Três Marias, localizada no Estado de Minas Gerais. Para a coleta de dados foram feitas entrevistas semiestruturadas. Obteve-se acesso a documentos como relatórios que também foram úteis à análise. Dentre os principais resultados verifica-se o relacionamento entre as ações implementadas e a teoria analisada, destacando os elementos da estratégia como prática. Além disso, percebeu-se que a tomada de decisão coletiva, a práxis, representou um atraso para as ações de enfrentamento da crise hídrica devido a interesses divergentes dos praticantes.
Downloads
References
ANA. (2015). Encarte Especial Sobre a Crise Hídrica. Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos – SPR, Agência Nacional de Águas (ANA), Brasília – DF.
Arksey, H., & Knight, P. T. (1999). Interviewing for social scientists: An introductory resource with examples. Sage.
Balogun, J., Jarzabkowski, P., & Seidl, D. (2007). Strategy as practice perspective.
Bardin, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70. 2002. (Obra original publicada em 1977).
Biselli, F., Tonelli, M. J., & Silva, A. L. (2015). “Caminante, No Hay Camino, Se Hace Camino Al Andar”: Um Estudo sobre a Construção de Sentidos em Estratégia. Revista Ibero Americana de Estratégia, 14(4).
Clegg, S., Carter, C., & Kornberger, M. (2004). A" máquina estratégica": fundamentos epistemológicos e desenvolvimentos em curso. RAE-revista de administração de empresas, 44(4), 21-31.
Colla, J. E. (2012). Pesquisa em Strategy-as-Practice no Brasil: Considerações Iniciais sobre o Campo. Revista Ibero-Americana de Estrategia, 11(3), 33-60.
Coraiola, D. M., Oliveira, S. A., & Gonçalves, S. A. (2017). Se a estratégia é prática, quem são seus praticantes?. REBRAE. Revista Brasileira de Estratégia, 5(3), 231-242.
Ezzamel, M., & Willmott, H. (2004). Rethinking strategy: contemporary perspectives and debates. European Management Review, 1(1), 43-48.
Hocayen-da-Silva, A. J., & Costa, C. R. F. (2016). Contribuições da hermenêutica filosófica aos estudos da estratégia como prática. Revista Capital Científico-Eletrônica, 14(1), 133-147.
INPE – Instituto Nacinal de Pesquisas Espaciais. CPTEC – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. Disponível em <http://tempo.cptec.inpe.br> Acesso em 05/03/2016.
Jarzabkowski, P. (2005). Strategy as practice: An activity based approach. Sage.
Jarzabkowski, P., Balogun, J., & Seidel, D. (2007). Strategizing: The challenges of a practice perspective. Human relations, 60(1), 5-27.
Jarzabkowski, P., & Whittington, R. (2008). Hard to disagree, mostly. Strategic Organization, 6(1), 101-106.
Jarzabkowski, P., & Spee, A. P. (2009). Strategy?as?practice: A review and future directions for the field. International Journal of Management Reviews, 11(1), 69-95.
Knights, D., & Morgan, G. (1991). Corporate strategy, organizations, and subjectivity: A critique. Organization studies, 12(2), 251-273.
Marconi, M. D. A., & Lakatos, E. M. (2011). Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. Atlas.
Pettigrew, A. M. (1992). The character and significance of strategy process research. Strategic management journal, 13(S2), 5-16.
Pettigrew, A. M (1996). The Double Hurdles for Management Research. In: Clarke, T. & Mallory, G.(eds.): Advancement in Organizational Behaviour. Oxford: Blackwell.
Reckwitz, A. (2002). Toward a theory of social practices: a development in culturalist theorizing. European journal of social theory, 5(2), 243-263.
Rynes, S. L., Bartunek, J. M., & Daft, R. L. (2001). Across the great divide: Knowledge creation and transfer between practitioners and academics. Academy of management Journal, 44(2), 340-355.
Santos, M. S. D. (2013). Instituições e estratégia como prática: uma análise das estratégias de aquisição de matéria-prima dos produtores de biodiesel da Região Sul do Brasil.
Scott, W. R. (1997). Financial accounting theory. Upper Saddle River, NJ: Prentice hall.
Silva, A. R. L. (2007). Práticas Sociais e o" fazer estratégia": Um Estudo dos Comerciantes de Hortifrutícolas no Mercado da Vila Rubim.
Silva, F. O., & Hansen, P. B. (2012). Inserindo a estratégia como prática no campo dos estudos organizacionais: uma proposta de método de aplicação a partir de um caso prático. REBRAE. Revista Brasileira de Estratégia, 5(3), 255-267.
Starkey, K., & Madan, P. (2001). Bridging the relevance gap: Aligning stakeholders in the future of management research. British Journal of management, 12(4), 3-27.
Sztompka, P. (1991). Society in action: The theory of social becoming. University of Chicago Press.
Toulmin, S. E. (2009). Return to reason. Harvard University Press.
Tureta, C., & Lima, J. B. (2011). Estratégia como prática social: o estrategizar em uma rede interorganizacional. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 12(6).
Vaara, E., & Whittington, R. (2012). Strategy-as-practice: taking social practices seriously. Academy of Management Annals, 6(1), 285-336.
Walter, S. A., Augusto, P. O. M., & da Fonseca, V. S. (2011). O campo organizacional e a adoção de práticas estratégicas: revisitando o modelo de Whittington. Cadernos Ebape. BR, 9(2).
Whittington, R. (1992). Putting Giddens into action: social systems and managerial agency. Journal of management studies, 29(6), 693-712.
Whittington, R. (1996). Strategy as practice. Long range planning, 29(5), 731-735.
Whittington, R., & Mayer, M. (2000). The European corporation: Strategy, structure, and social science. Oxford University Press on Demand.
Whittington, R. (2001). Learning to strategise: problems of practice. Research Paper, (20).
Whittington, R. (2002). Improving the performance of contingent valuation studies in developing countries. Environmental and resource economics, 22(1), 323-367.
Whittington, R. (2003). The work of strategizing and organizing: for a practice perspective. Strategic organization, 1(1), 117-125.
Whittington, R. (2004). Estratégia após o modernismo: recuperando a prática. RAE-revista de administração de empresas, 44(4), 44-53.
Whittington, R. (2006). Learning more from failure: Practice and process. Organization Studies, 27(12), 1903-1906.
Wilson, D. C., & Jarzabkowski, P. (2004). Pensando e agindo estrategicamente: novos desafios para a análise estratégica. RAE-revista de administração de empresas, 44(4), 11-20.
Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. Bookman editora.
Downloads
Published
Issue
Section
License
RASI, in accordance with Law No. 9,610 of February 19, 1998, which amends, updates and consolidates Brazilian copyright law and makes other provisions, adopts the following conditions of the Copyright Assignment:
1. RASI maintains, with the transfer of copyrights, the possession of rights over the content published;
2. The author retains his moral rights of the content, including the right to be identified as the author whenever the content is published;
3. Despite the attribution of copyright, the author retains the right to reuse the material in future collections of his own work without encumbrance. The acknowledgments of the previous publication in the RASI are the only requirements in such cases;
4. The author may make photocopies of the content, or distribute it by electronic mail or fax, provided that they are intended for their own classes and for the purpose of meeting research objectives, provided that: (a) such copies are not resold and (b) reference to the original source of the publication and the name of the RASI are clearly indicated on all copies made of the document.