Uberhub, um Ecossistema de Inovação: uma Análise à Luz da Visão Sistêmica
DOI:
https://doi.org/10.20401/rasi.11.1.890Palavras-chave:
Ecossistemas de Inovação, Visão Sistêmica, UberHub, Inovação, Agentes AtuantesResumo
As cidades estão sendo impulsionadas a evoluir conjuntamente com um ambiente de inovação, os denominados Ecossistemas de Inovação (EI). Nesse contexto, este estudo objetivou investigar um Ecossistema de Inovação sob uma perspectiva sistêmica, sendo o objeto deste estudo uma comunidade de inovação situada em Uberlândia/MG, denominada UberHub. A coleta de dados foi realizada inicialmente por meio de dados secundários e posteriormente através de entrevista com líder da comunidade para atingir os objetivos propostos. Os dados foram coletados e analisados por meio da técnica de análise de conteúdo e utilizando abordagem sistêmica para identificar os agentes atuantes que operam na comunidade. Os resultados encontrados mostraram que o UberHub, por meio de sua atuação no ecossistema, conecta diferentes atores para promover a inovação e o empreendedorismo em seu ambiente de atuação, incentiva o desenvolvimento e busca encontrar soluções para problemas reais da sociedade local. No entanto, os resultados também indicaram que a falta de liderança no planejamento estratégico é um dos maiores desafios do ecossistema. Com a visão sistêmica ressaltando os EI, foi possível evidenciar as práticas promotoras que caracterizam os ambientes de inovação e como essas práticas podem contribuir para a região e para a inovação de uma região através da troca de interações com os agentes atuantes.
Downloads
Referências
Autio, E., & Thomas, L. D. W. (2014). Ecossistemas de inovação: Implicações para a gestão da inovação. In: Dodgson, M. G., & Philips, N. (Ed.), The Oxford Handbook of Innovation Management, 204–228. Oxford University Press.
Bardin, L (2011). Análise de Conteúdo. [Content analysis]. (5ed.). Lisboa: Edições 70.
Castro, G. A. (2024). Exclusivo: levantamento mostra as 100 melhores cidades para morar no Brasil. Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/levantamento-100-melhores-cidades-morar-brasil/ Consultado em: 15 de julho de 2024.
Creswell, J. (2007). Projeto de Pesquisa: métodos qualitativos, quantitativo e misto. 2ed, Porto Alegre: Artmed.
Damanpour, F., & Schneider, M. (2009). Characteristics of innovation and innovation adoption in public organizations: Assessing the role of managers. Journal of Public Administration Research and Theory, 19(3), 495-522. https://doi .org/10.1093/jopart/mun021
Drori, I., & Lavie, D. (2023). How Do Innovation Ecosystems Emerge? The Case of Nanotechnology in Israel. Journal of Management Studies. https://doi.org/10.1111/joms.13026.
Dolci, P. C., Bergamaschi, E., & Vargas, L. (2013). Visão sistêmica do Pensamento Sistêmico: uso de mapas conceituais. Revista de Administração FACES Journal, 12(1), 33-50. https://doi.org/10.21714/1984-6975FACES2013V12N1ART1186
Felizola, M. P. P. M., & de Aragão, I. M. (2021). Revisão da literatura e formação de um modelo híbrido de ecossistema de inovação. Humanidades & Inovação, 8(49), 9-32. https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/4771
Feitosa, C. O. (2011). A importância da inovação para o desenvolvimento econômico local. Revista Economia Política do Desenvolvimento, 4(12), 29-50. https://doi.org/10.28998/repd.v4i12.
Forte, D. W., Da Silva, K. C. N., Cunha, C. J. C. D. A., & Da Silva, S. M. (2022). A importância da visão sistêmica para lideranças em contextos complexos, uma revisão integrativa da literatura. Revista e-TECH: Tecnologias para Competitividade Industrial, 15(1). https://doi.org/10.18624/etech.v15i1.1193.
Francisco, T. H. A., Zanoni, I. Z., Feiden, B., & Vefago, Y. B. (2023). Evolução Conceitual do Termo Ecossistema de Inovação. P2P e Inovação, 10(1), 79-100. https://doi.org 10.21728/p2p.2023v10n1.p79-100.
Giovanini, A., Bittencourt, P. F., & Maldonado, M. U. (2021). Innovation ecosystem in application platforms: an exploratory study of the role of users. Revista Brasileira de Inovação, 19. https://doi.org/10.20396/rbi.v19i0.8655371
Gomes, L. B., Bolze, S. D. A., Bueno, R. K., & Crepaldi, M. A. (2014). As origens do pensamento sistêmico: das partes para o todo. Pensando famílias, 18(2), 3-16. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/penf/v18n2/v18n2a02.pdf
Granstrand, O., & Holgersson, M. (2020). Innovation ecosystems: A conceptual review and a new definition. Technovation, 90-91. https://doi.org/10.1016/j.technovation.2019.102098
Georgiou, I. (2015). Desvendando a metodologia de sistemas suaves. Revista Internacional de Economia e Pesquisa Empresarial, 9(4), pp. 415 - 436.
Georgiou, I. (2015). Unravelling soft systems methodology. International Journal of Economics and Business Research, 9(4), 415-436. https://doi.org/10.1504/IJEBR.2015.069680
Guida, F. A. (1980). Panorama Geral da Administração. [General Overview of Administration] (1ed): Campus.
Holanda, P. M. C., Ribeiro, J. R., & Jesus, M. C. (2020). Estudo de caso: aplicabilidade em dissertações na área de ciência da informação. Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação, 13(2), 685-703. https://doi.org/10.26512/rici.v13.n2.2020.25012
Jackson, M (2000). Systems Approaches to Management. Kluwer Academic Publishers, New York, 2000.
Jackson, D. J. (2011). What is an Innovation Ecosystem? National Science Foundation. https://erc-assoc.org/sites/default/files/topics/policy_studies/DJackson_Innovation%20Ecosystem_03-15-11.pdf
Kralj, D. W. (2009). Systems thinking and modern green trends. Transactions on Environment and Development, 6(5), 415-424. https://citeseerx.ist.psu.edu/document?repid=rep1&type=pdf&doi=9a14974688146f7686626ce93fd74ec8bed1d728
Lopes, J. M.; & Farinha, L. (2018). Measuring the Performance of Innovation and Entrepreneurship Networks. Journal of the Knowledge Economy, 9(2), 402–423. https://doi.org/10.1007/s13132-017-0487-8
Machado, D.; Martens, C. D. P.; & Kniess, C. T. (2023). Empreendedorismo Inovador: Proposição de um Framework Conceitual Integrativo. Revista de Administração, Sociedade e Inovação (RASI), 9(1). https://doi.org/10.20401/rasi.9.1.663
Martinelli, D. P. (2002). Negociação empresarial. [Business negotiation]. Editora Manole Ltda.
Mendes, B. D. C. (2023). A perspectiva sistêmica no estudo do turismo. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 16, e-2615. https://doi.org/10.7784/rbtur.v16.2615
Moore, J. F. (1993). Predators and Prey: a new ecology of competition. Harvard Business Review, 71(3), 75-86. https://hbr.org/1993/05/predators-and-prey-a-new-ecology-of-competition.
Paasi, J., Wiman, H., Apilo, T., & Valkokari, K. (2023). Modelagem da dinâmica de ecossistemas de inovação. International Journal of Innovation Studies, 7(2), 142-158. https://doi.org/10.1016/j.ijis.2022.12.002.
Prefeitura Municipal de Uberlândia [PMU]. (2022). Uberlândia tem três finalistas em maior prêmio dos Ecossistemas de Inovação do Brasil. Disponível em: https://www.uberlandia.mg.gov.br/2022/10/31/uberlandia-tem-tres-finalistas-em-maior premio-dos-Ecossistemas-de-inovação-do-brasil. Consultado em: 05 de maio de 2023.
Porto, A., Santos, A. S., Almeida, D. M., Gomes, C. M., & Madruga, L. R. R. G. (2016). Explorando teoricamente as relações entre inovação e negócios com impacto social. Sustentabilidade em Debate, 7(2), 271-285. https://doi.org/10.18472/SustDeb.v7n2.2016.18528
Plonski, G. A. (2017). Inovação em transformação. Estudos Avançados, 31, 7-21. https://doi.org/10.1590/s0103-40142017.3190002
Ribeiro, J. R., Belderrain, M. C., Salgado, M. C. V., & Caruzzo A. (2012). Aplicação Do Pensamento Sistêmico na Avaliação so Projeto do Veículo Lançador de Satélites (Vls). XVI Congresso Latino-Iberoamericano de Investigación Operativa, Rio de Janeiro, 719-730.
Santos, C. A. F., & Zen, A. C. (2022). Criação e captura de valor em ecossistemas de inovação. Revista Internacional de Inovação, 10(3), 483–503. https://doi.org/10.5585/iji.v10i3.21470.
Saraiva, F. B. (2022). Frameworks de gamificação enquadrados numa visão sistémica: uma revisão. JISTEM-Journal of Information Systems and Technology Management, 19. https://doi.org/10.4301/S1807-1775202219012.
Sawatani, Y., Nakamura, F., Sakakibara, A., Hoshi, M., & Masuda, S. (2007). Innovation patterns. In: IEEE international conference on services computing (SCC 2007), 427-434. https://doi.org/10.1109/SCC.2007.71.
Secretaria de Desenvolvimento Econômico [SDE]. APL EM MINAS GERAIS. Disponível em: http://www.desenvolvimento.mg.gov.br/inicio/projetos/projeto/1101. Consultado em 27 de junho de 2023.
Silva, D. J. C., Matos, G. P., Teixeira, C. S., Piqué, J. M., & Lopes (2021). Uma análise Bibliométrica Internacional. XXXI Conferência Anprotec 2021, A redefinição dos ambiences de Inovação, 67-82.
Silva, S. D. O. (2012). Pensamento sistêmico e gestão por processos: uma revisão sistemática. Revista Gestão & Conhecimento, Edição Especial, 367-383. https://www2.unifap.br/furtado/files/2017/04/artigo1.12.pdf
Spinosa, L. M., Schlemm, M. M., & Reis, R. S. (2015). Brazilian innovation ecosystems in perspective: Some challenges for stakeholders. Revista Brasileira de Estratégia, 8(3), 386-400. https://doi.org/10.7213/rebrae.08.003.AO08.
Startup Link. (2023). Índice Global de Ecossistemas de Startups. Startup Link. Disponível em: https://lp.startupblink.com/report/?utm_source=homepage&utm_medium=mainbutton&utm_campaign=Index. Consultado em: 18 de maio de 2023.
UberHub. Perfil do UberHub no Instagram. Disponível em: instagram/uberhub.br. Acesso em: 12 jun. 2023.
Vasconcellos, M. J. E. (2003). Pensamento sistêmico: o novo paradigma da ciência. [Systems thinking: the new paradigm of Science]. Papirus Editora.
Vieira, L. V., Sausen, J. O., & Ferreira, G. C. (2022). Capacidade Absortiva e Ecossistema de Inovação: Um Estudo Bibliométrico. Revista de Administração IMED, 12(2), 97-113. https://doi.org/10.18256/2237-7956.2022.v12i2.4704
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista de Administração, Sociedade e Inovação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A RASI, de acordo com a Lei nº 9.610, de 19.02.98 que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências, adota as seguintes condições da Cessão de Direitos Autorais:
- A Revista de Administração Sociedade e Inovação (RASI) mantém, com a cessão dos direitos autorais, a posse dos direitos sobre os conteúdos por ela publicados;
- O autor retém seus direitos morais do conteúdo, incluindo o direito de ser identificado como autor sempre que o conteúdo for publicado;
- Apesar da atribuição dos direitos autorais o autor retém o direito de reutilizar o material em coleções futuras de seu próprio trabalho sem ônus. Os reconhecimentos da publicação anterior na RASI são as únicas exigências em tais casos;
- O autor pode fazer fotocópias do conteúdo, ou distribuí-lo por meio de correio eletrônico ou fax, desde que destinadas às suas próprias aulas e com finalidade de atender objetivos de pesquisa, sob a condição de que: (a) tais cópias não sejam revendidas e (b) referência a fonte original da publicação e o nome da RASI estejam indicados claramente em todas as cópias feitas do material.