Uma Autoetnografia de Uma Universidade Empreendedora: Universidade Federal do ABC (UFABC), Brasil
DOI:
https://doi.org/10.20401/rasi.11.1.897Palavras-chave:
Universidade Empreendedora, Ensino Superior, Abordagem PedagógicaResumo
No contexto da função de uma universidade empreendedora, neste artigo, o foco da discussão está enquadrado na seguinte questão de pesquisa: Quais são as principais iniciativas que fazem da Universidade Federal do ABC (UFABC) uma universidade empreendedora? A metodologia escolhida é o construcionismo social, utilizando a autoetnografia como método. As autoetnografias são relatos altamente personalizados que se baseiam na experiência do autor/pesquisador com o objetivo de ampliar a compreensão sociológica. Dentre as diversas iniciativas da UFABC, este artigo destaca o Plano de Desenvolvimento Institucional; o CLIPS que inova na formação de novos empreendedores; o Programa Empreendedor Protagonista; a InovaUFABC, uma agência de inovação que por meio de sua incubadora oferece as condições necessárias para que startups sejam criadas e comecem a operar; e a Empresa Júnior na qual os alunos atuam como consultores de grandes empresas. Conclusão: as universidades do século XXI expandiram suas missões inicialmente limitadas ao ensino e à pesquisa para o empreendedorismo. A UFABC destaca-se pelo alto grau de inovação de suas iniciativas empreendedoras, tornando-se assim uma referência para outras universidades nacionais e internacionais que queiram seguir o caminho do empreendedorismo.
Downloads
Referências
Academia Brasileira de Ciências. (2004). Subsídios para a Reforma da Educação Superior. Novembro, 2004.
Anderson, L. (2006). Analytic Autoethnography. Journal of Contemporary Ethnography, 35(4), 373-395. http://dx.doi.org/10.1177/0891241605280449
Bastedo, M. N., & Jaquette, O. (2011). Running in place: low-income students and the dynamics of higher education stratification. Educational Evaluation and Policy Analysis, 33(3), 318-339. https://doi.org/10.3102/0162373711406718
Bercovitz, J., Feldman, M., Feller, I., & Burton, R. (2001). Organizational structure as a determinant of academic patent and licensing behavior: an exploratory study of duke, johns hopkins, and pennsylvania state universities. Journal of Technology Transfer, 26(1), 21-35. https://doi.org/10.1023/A:1007828026904
Bonoma, T. V. (1985). Case research in marketing: opportunities, problems, and process. Journal of Marketing Research, 22(2). https://doi.org/10.1177/002224378502200209
Burr, V. (2006). An introduction to social constructionism. Routledge.
Castilho, A., Facó, J. F. B., & Mandel, P. A. (2016). Conte a sua história: experiências inovadoras da e na UFABC. 143-168.
Coffey, A. (2002). Ethnography and Self: Reflections and Representations. In: May, T. (ed.) Qualitative Research in Action. London: Sage, 313–31.
Cope, J., & Watts, G. (2000). Learning by doing-an exploration of experience, critical incidents and reflection in entrepreneurial learning. International Journal of Entrepreneurial Behavior & Research, 6(3), 104–124. https://doi.org/10.1108/13552550010346208
Costa, T., Galina, S., Mares, P., & Alves, P. (2017). Práticas da educação para o empreendedorismo na universidade – o caso da atividade pedagógica “empreendedor por 1 dia”. (1ª ed.). Proceedings of the Conference on Entrepreneurship Education. UA Editora - Universidade de Aveiro, 9-20.
DCI. (2019). Brasil ocupa a 98a posição em ranking global de empreendedorismo. Disponível em: <https://www.dci.com.br/economia/brasil-ocupa-a-98-posic-o-em-ranking-global-deempreendedorismo-1.539035> Acesso em: 19 de Ago. 2019.
Edelman, L. F., Manolova, T. S., & Brush, C. (2008). Entrepreneurship education: correspondence between practices of nasant entrepreneurs and textbook prescriptions for sucsess. Academy of Management Learning & Education, 7(1), 56–70. https://doi.org/10.5465/AMLE.2008.31413862
Edqvist, O. (2003). Layered science and science policies. Minerva, 41(3), 207-221.
Ellis, C., Adams, T. E., & Bochner, A. P. (2011). Autoethnography: an overview. Historical social research/Historische sozialforschung, 273-290.
Etzkowitz, H. (2003). Research groups as ’quasi firms’: the invention of the entrepreneurial university. Research Policy, 32(1), 109–21. https://doi.org/10.1016/S0048-7333(02)00009-4
Etzkowitz, H. (2015). The entrepreneurial university as a technopole platform. a global phenomenon. In: Miao, J. T., Benneworth, P., & Phelps, N. A. Making 21st Century Knowledge Complexes: Technopoles of the World Revisited. Routledge, New York, 23-40.
Etzkowitz, H. (2016). The entrepreneurial university: vision and metrics. Industry & Higher Education, 30(2), 83–97. https://doi.org/10.5367/ihe.2016.0303
Etzkowitz, H. (2004). The evolution of the entrepreneurial university. International Journal of Technology and Globalization, 1(1), 64-77. https://doi.org/10.1504/IJTG.2004.004551
Facó, J. F. B., Mandel, P. A., & Chinellato, A. C. (2015). O salto da inovação na academia. INOVA, São Bernardo do Campo.
Fayolle, A. (2013). Personal views on the future of entrepreneurship education. Entrepreneurship & Regional Development, 25(7-8), 692-701, https://doi.org/10.1080/08985626.2013.821318.
Fernandes, N. (in press). Economic effects of coronavirus outbreak (covid-19) on the world economy. Disponível em: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=3557504. http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.3557504
GEDI – The Global Entrepreneurship and Development Institute. (2018) Global entrepreneurship index rankings. Disponível em: https://thegedi.org/global-entrepreneurship-and-development-index/. Acesso em: 25 mar. 2020.
Gibson, D. V., & Foss, L. (2017). The entrepreneurial university: context and institutional change. Routledge Studies in Innovation, Organization and Technology. Oxfordshire, UK.
Goode, W. J., & Hatt, P. K. (1969). Métodos em pesquisa social. (3ª ed.), São Paulo: Cia Editora Nacional.
Guenther, J., & Wagner, K. (2008). Getting out of the ivory tower: new perspectives on the entrepreneurial university. European Journal of International Management, 2(4), 400–417. doi: 10.1504/EJIM.2008.021245
Guerrero, M., Urbano, D., Fayolle, A., Kloften, M., & Mian, S. (2016). Entrepreneurial universities – emerging models in the new social and economic landscape. Small Business Economy, 47(3), 551-563.
Hannon, P. (2013). Why is the entrepreneurial university important? Journal of Innovation Management, 1(2), 10-17. https://doi.org/10.24840/2183-0606_001.002_0003
Harvey, L. (2001). Defining and measuring employability. Quality in Higher Education, 7(2), 97-109. https://doi.org/10.1080/13538320120059990
Hisrich, R. D., & Peters, M. P. (2004). Empreendedorismo. (5 ª ed.). Porto Alegre: Bookman.
IBRE. (2020). Boletim Macro. FGV: Fundação Getulio Vargas. Instituto Brasileiro de Economia.
International Monetary Fund. (2020). World economic outlook, april 2020: chapter 1 - the great lockdown. (2020). Disponível em: https://www.imf.org/en/Publications/WEO/Issues/2020/04/14/weo-april-2020
Inzelt, A. (2004). The evolution of university-industry-government relationships during transition. Research Policy, 33(6–7), 975–995. https://doi.org/10.1016/j.respol.2004.03.002
Jones, S. H. (2016). Living Bodies of Thought: The “Critical” in Critical Autoethnography. Qualitative Inquiry, 22(4), 228–237. https://doi.org/10.1177/1077800415622509
Lapadat, J. C. (2017). Ethics in Autoethnography and Collaborative Autoethnography. Qualitative Inquiry, 23(8), 589–603. https://doi.org/10.1177/1077800417704462
Laredo, P. (2007). Revisiting the third mission of universities: toward a renewed categorization of university activities? Higher Education Policy, 20(4), 441–456. https://doi.org/10.1057/palgrave.hep.8300169
Laukkanen, M. (2000). Exploring alternative approaches in high-level entrepreneurship education: creating micromechanisms for endogenous regional growth. Entrepreneurship & Regional Development, 12(1), 25-47. https://doi.org/10.1080/089856200283072
Lindh, I., & Thorgren, S. (2016). Entrepreneurship education: the role of local business. Entrepreneurship & Regional Development, 28(5–6), 313–336. https://doi.org/10.1080/08985626.2015.1134678
Mainardes, E. W., Alves, H., & Raposo, M. (2011). The process of change in university management: from the “ivory tower” to entrepreneurialism. Transylvanian Review of Administrative Sciences, 7(33), 124–149.
Mat, S. C., Maat, S. M., & Mohd, N. (2015). Identifying factors that affecting the entrepreneurial intention among engineering technology students. Procedia - Social and Behavioral Sciences, (211), 1016–1022. https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2015.11.135
Mawson, J. (2007). Research councils, universities and local government: building bridges. Public Money & Management, 27(4), 265-272. https://doi.org/10.1111/j.1467-9302.2007.00593.x
Minayo, M. C. S., & Sanches, O. (1993). Quantitativo-qualitativo: oposição ou complementariedade? Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 9(3), 239-262. https://doi.org/10.1590/S0102-311X1993000300002
OECD (2012). A Guiding framework for entrepreneurial universities.
OECD (2020). OECD Unemployment rate up sharply in march 2020 with data for april pointing to an unprecedented rise. OECD Unemployment Rates News Release.
PDI. (2013). Plano de desenvolvimento institucional 2013-2022. Disponível em http://pdi.ufabc.edu.br/wp-content/uploads/2013/06/PDI_UFABC_2013-2022.pdf. Acesso em 23/04/2020.
Peterman, N., & Kennedy, J. (2003). Enterprise education: influencing students' perceptions of entrepreneurship. Entrepreneurship Theory and Practice, 28(2), 129-144. https://doi.org/10.1046/j.1540-6520.2003.00035.x
Powers, J. B., & Mc Dougall, P. P. (2005). University start-up formation and technology licensing with firms that go public: a resource-based view of academic entrepreneurship. Journal of Business Venturing, 20(3), 291-311. https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2003.12.008
Rae, D. (2010). Universities and enterprise education: responding to the challenges of the new era. Journal of Small Business and Enterprise Development, 17(4), 591-606. https://doi.org/10.1108/14626001011088741
Röpke, J. (1998). The entrepreneurial university, innovation, academic knowledge creation and regional development in a globalized economy. Working Paper Department of Economics, Philipps Universität Marburg, Germany.
Sam, C., & Van der Sijde, P. (2014). Understanding the concept of the entrepreneurial university from the perspective of higher education models. Higher Education, 68(6), 891–908. https://doi.org/10.1007/s10734-014-9750-0
Schulte, P. (2004). The Entrepreneurial university: a strategy for institutional development. Higher Education in Europe, 29(2), 187–191. https://doi.org/10.1080/0379772042000234811
SEBRAE. (2011). Micro e pequenas empresas geram 27% do PIB do Brasil. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/mt/noticias/micro-e-pequenas-empresas-geram-27-do-pib-do-rasil,ad0fc70646467410VgnVCM2000003c74010aRCRD. Acesso em: 13 mai. 2020.
SEBRAE. (2020). Perfil dos empreendedores. Disponível em: https://datasebrae.com.br/perfil-dos-empresarios/#idade. Acesso em: 13 mai. 2020.
SEBRAE; ENDEAVOR (2016). Empreendedorismo nas universidades brasileiras. Disponível em https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Relatorio%20Endeavor%20impressao.pdf. Acesso em: 04 abr. 2020.
Segal, G., Borgia, D., & Schoenfeld, J. (2005). The motivation to become an entrepreneur. International Journal of Entrepreneurial Behaviour & Research, 11(1), 42-57. https://doi.org/10.1108/13552550510580834
Sparkes, A. C. (2000). Autoethnography and narratives of self: Reflections on criteria in action. Sociology of Sport Journal, 17, 21-43.
Subotzky, G. (1999). Alternatives to the entrepreneurial university: new modes of knowledge production in community service programs. Higher Education, 38(4), 401-440.
UFABC em Números 2018 (2018). Disponível em http://propladi.ufabc.edu.br/images/ufabc_numeros/ufabc_numeros_2018.pdf. Acesso em: 26 mai. 2020.
Waldman, H. (2013). PDI: O mapa do caminho. UFABC – Plano de desenvolvimento institucional. Disponível em: http://pdi.ufabc.edu.br/. Acesso em: 25 abr. 2020.
Wall, S. (2006). An autoethnography on learning about autoethnography. International journal of qualitative methods, 5(2), 146-160.
Wright, M., Birley, S., & Mosey, S. (2004). Entrepreneurship and university technology transfer Journal of Technology Transfer, 29(3-4), 235-246. https://doi.org/10.1023/B:JOTT.0000034121.02507.f3.
Yin, R. K. (2009). Case study research - design and methods. Sage Publications Inc., Editora Atlas, 148 p.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista de Administração, Sociedade e Inovação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A RASI, de acordo com a Lei nº 9.610, de 19.02.98 que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências, adota as seguintes condições da Cessão de Direitos Autorais:
- A Revista de Administração Sociedade e Inovação (RASI) mantém, com a cessão dos direitos autorais, a posse dos direitos sobre os conteúdos por ela publicados;
- O autor retém seus direitos morais do conteúdo, incluindo o direito de ser identificado como autor sempre que o conteúdo for publicado;
- Apesar da atribuição dos direitos autorais o autor retém o direito de reutilizar o material em coleções futuras de seu próprio trabalho sem ônus. Os reconhecimentos da publicação anterior na RASI são as únicas exigências em tais casos;
- O autor pode fazer fotocópias do conteúdo, ou distribuí-lo por meio de correio eletrônico ou fax, desde que destinadas às suas próprias aulas e com finalidade de atender objetivos de pesquisa, sob a condição de que: (a) tais cópias não sejam revendidas e (b) referência a fonte original da publicação e o nome da RASI estejam indicados claramente em todas as cópias feitas do material.
