Um quarto critério de avaliação de invenções pelos NITs
DOI:
https://doi.org/10.20401/rasi.9.2.700Palavras-chave:
avaliação de tecnologias, NIT, Núcleo de Inovação Tecnológica, patentesResumo
Num contexto em que taxa de transferência de tecnologia das universidades brasileiras não tem acompanhado o crescimento do número de pedidos de patentes e cartas-patente, o presente trabalho sugere a inclusão de uma avaliação do potencial comercial de uma invenção pelos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) em adição à avaliação dos três critérios de patenteabilidade, ou seja, antes que o pedido seja protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Considerando a carência de métodos de avaliação compatíveis com a realidade de um NIT acadêmico, este trabalho desenvolve um novo método de avaliação de tecnologias projetado para ser integrado às rotinas operacionais desta instituição. O desenvolvimento parte de um grande conjunto de 201 critérios de avaliação obtidos na literatura, faz um pré-tratamento para 151 critérios, realiza a priorização com o auxílio de uma comissão, e utilizando-se de métodos de decisão multicritério identifica pesos para os critérios. O trabalho desenvolve quatro conjuntos de critérios (versões de 26 a 59 critérios), para que seja utilizado um deles conforme o estágio do projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Para ilustrar a utilização do método, ele é aplicado a uma invenção real. O estudo de caso demonstrou que o método pode ser aplicado em aproximadamente 73 minutos sendo, portanto, de fácil utilização.
Downloads
Referências
Abbas, A., Zhang, L., & Khan, S. U. (2014). A literature review on the state-of-the-art in patent analysis. World Patent Information, 37, 3-13.
Allison, J. R., Lemley, M. A., & Walker, J. (2010). Patent quality and settlement among repeat patent litigants. Geo. LJ, 99, 677.
Amarante Segundo, Gesil Sampaio. (2018). O papel dos Núcleos de Inovação Tecnológicas na Gestão da Política de Inovação e sua relação com as empresas. In.: SOARES, Fabiana de Menezes & PRETE.
Bandarian, Reza (2007) Evaluation of Commercial Potential of a New Technology at the Early Stage of Development with Fuzzy Logic.
Journal of Technology Management & Innovation, vol. 2, núm. 4, 2007, pp. 73-85
Bekkers, R., & Freitas, I. M. B. (2008). Analysing knowledge transfer channels between universities and industry: To what degree do sectors also matter? Research policy, 37(10), 1837-1853.
Belina, B., G, T., ?opaci?ska, L., & Walasik, M. (2013). Setting of criteria in the commercial potential assessment method of innovative technological solutions. Problemy Eksploatacji.
CGU (2020). Relatório de avaliação. Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Secretaria de Empreendedorismo e Inovação Município/UF: Brasília/Distrito Federal.
Dalmarco, G. et al. Universities’ intellectual property: path for innovation or patent competition? Journal of Technology and Management Innovation, v. 6, p. 159-170, 2011.
de Oliveira, J. L. C., de Oliveira, F. H. P., Carvalho, J. F. S., & Silva, S. W. (2020). A relação entre o Sistema Nacional de Inovação (SNI) e valoração de tecnologias. Engineering Sciences, 8(2), 91-103.
de Carvalho, B. G., & Tonelli, D. F. (2020). Limites e Possibilidades do Marco Legal da CT&I de 2016 para as Instituições Científicas e Tecnológicas do Brasil. Revista de Administração, Sociedade e Inovação, 6(2), 6-24.
Dias, A. A., & Porto, G. S. (2014). Como a USP transfere tecnologia? Organizações & Sociedade, 21(70), 489-507.
EPO (2018). IPscore -Patent Portfolio Management with IPscore 2.2. https://www.epo.org/searching-for-patents/business/ipscore.html
Ferreira, A. R., & Souza, A. L. (2019). Análise dos Procedimentos e Critérios Necessários à Valoração de Propriedade Intelectual para a Transferência de Tecnologia no Âmbito dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs). Cadernos de Prospecção, 12(5 Especial), 1013.
Ferreira, A. R. F., de Souza, A. L. R., Silvão, C. F., Marques, E. F., de Faria, J. A., & Ribeiro, N. M. (2020). Valoração de Propriedade Intelectual para a Negociação e Transferência da Tecnologia: O caso NIT/IFBA. Navus-Revista de Gestão e Tecnologia, 10, 01-23.
Ferreira, J. P. C., & Carvalho, T. V. (2021). Estudo sobre Valoração de Tecnologia Aplicado ao Núcleo de Inovação Tecnológica do SENAI-CE. Cadernos de Prospecção, 14(1), 23.
Gimenez, P., & Johnson, J. (2020). The Double Diamond as Metaphor for the Research Process
Global Innovation Index. (2021). Consultado em 31 March 2021, from https://countryeconomy.com/government/global-innovation-index/brazil
Gustafsson, D. (2019). Analysing the Double diamond design process through research & implementation.
Hsieh, C. H. (2013). Patent value assessment and commercialization strategy. Technological forecasting and social change, 80(2), 307-319.
Jamwal, A., Agrawal, R., Sharma, M., & Kumar, V. (2021). Review on multi-criteria decision analysis in sustainable manufacturing decision making. International Journal of Sustainable Engineering, 1-24.
Jorio, Ado & Juliana Crepalde. (2018). Estudo preliminar das etapas de desenvolvimento dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT): análise do equilíbrio entre a atividade de proteção de propriedade intelectual e transferência de tecnologia. Parcerias Estratégicas, v. 23, n. 47, pp. 49-62, jul-dez. Brasília.
Kapoor, R., Karvonen, M., & Kässi, T. (2013). Patent value indicators as proxy for commercial value of inventions. International Journal of Intellectual Property Management, 6(3), 217-232.
Kim, P. H., Kotha, R., Fourné, S. P., & Coussement, K. (2019). Taking leaps of faith: Evaluation criteria and resource commitments for early-stage inventions. Research Policy, 48(6), 1429-1444.
Lerner, J., & Farrar, A. L. (2006). Valuing Patents for licensing: A Practical survey of literature.
Lundqvist, M. (2014). A packaging approach for evaluating ideas.
Matsuura, J. H. (2004). An Overview of Intellectual Property and Intangible Asset Valuation Models. Research Management Review, 14(1), 33-42.
Mierzwa, T. (2016). Which innovation strategy: technology?push or market?pull?. Coursera Inc. Saatavilla: https://www. coursera. org/learn/innovative-entrepreneur/lecture/vwOIB/whichinnovation-strategy-technology-push-or-market-pull.
Odu, G. O. (2019). Weighting methods for multi-criteria decision-making technique. Journal of Applied Sciences and Environmental Management, 23(8), 1449-1457.
Oslo Manual (2018), OECD/Eurostat 2018: Guidelines for Collecting, Reporting and Using Data on Innovation, 4th Edition, The Measurement of Scientific, Technological and Innovation Activities, OECD. Publishing, Paris/Eurostat, Luxembourg.
Parr, R. (2007). Royalty rates for licensing intellectual property. Hoboken: John Wiley & Sons. 219 p.
Quintella, C. M., TEODORO, A. D. O., Frey, I. A., Ghesti, G. F., Braga, M., & dos Anjos, S. S. N. (2019). Valoração de ativos de propriedade intelectual. Embrapa Agroenergia-Capítulo em livro técnico (INFOTECA-E).
Rahal, A. D., & Rabelo, L. C. (2006). Assessment framework for the evaluation and prioritization of university inventions for licensing and commercialization. Engineering Management Journal, 18(4), 28-36.
Reitzig, M. (2003). What determines patent value? Insights from the semiconductor industry. Research policy, 32(1), 13-26.
Rostek, K. (2014). Modeling commercial potential of innovative projects. International Review of Management and Business Research, 3(1), 78.
Santos, D. T. E.; Santiago, L. P. (2008). Métodos de Valoração de Tecnologias. Instituto Inovação.
Schwab, K. (2019). The global competitiveness report 2019. In World Economic Forum
Souza, R. D. O. (2009). Valoração de ativos intangíveis: seu papel na transferência de tecnologias e na promoção da inovação tecnológica. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Squicciarini, M., Dernis, H., & Criscuolo, C. (2013). Measuring patent quality: Indicators of technological and economic value.
Swamidass, P. M.; Vulasa, V. (2009). Why university inventions rarely produce income? Bottlenecks in university technology transfer. The Journal of Technology Transfer, v. 34, p. 343-363.
Thoma, G. (2014). Composite value index of patent indicators: Factor analysis combining bibliographic and survey datasets. World patent information, 38, 19-26.
Trappey, A. J., Trappey, C. V., Wu, C. Y., & Lin, C. W. (2012). A patent quality analysis for innovative technology and product development. Advanced Engineering Informatics, 26(1), 26-34.
Tukoff-Guimarães, Y. (2013). Valoração de patentes em universidades públicas do estado de São Paulo. Dissertação. Universidade Nove de Julho.
Tukoff-Guimarães, Y. B., Kniess, C. T., Penha, R., & Ruiz, M. S. (2021). Patents valuation in core innovation: case study of a Brazilian public university. Innovation & Management Review.
Vilas Boas Ribeiro, A. T., & Pires Vasconcellos, E. (2019). Diligência da Inovação: Estudo de Caso sobre uma Metodologia de Avaliação Tecnológica no Contexto de NITs Brasileiros. Future Studies Research Journal: Trends & Strategies, 11(2).
Web of Science Group (2019). Research in Brazil: Funding excellence: Analysis prepared on behalf of CAPES by the Web of Science Group.
Zemlickien?, V., Bublien?, R., & Jakubavi?ius, A. (2018). A model for assessing the commercial potential of high technologies. Oeconomia copernicana, 9, 29-54.
Downloads
Publicado
Versões
- 2023-05-05 (3)
- 2023-05-05 (2)
- 2023-05-01 (1)
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista de Administração, Sociedade e Inovação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A RASI, de acordo com a Lei nº 9.610, de 19.02.98 que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências, adota as seguintes condições da Cessão de Direitos Autorais:
- A Revista de Administração Sociedade e Inovação (RASI) mantém, com a cessão dos direitos autorais, a posse dos direitos sobre os conteúdos por ela publicados;
- O autor retém seus direitos morais do conteúdo, incluindo o direito de ser identificado como autor sempre que o conteúdo for publicado;
- Apesar da atribuição dos direitos autorais o autor retém o direito de reutilizar o material em coleções futuras de seu próprio trabalho sem ônus. Os reconhecimentos da publicação anterior na RASI são as únicas exigências em tais casos;
- O autor pode fazer fotocópias do conteúdo, ou distribuí-lo por meio de correio eletrônico ou fax, desde que destinadas às suas próprias aulas e com finalidade de atender objetivos de pesquisa, sob a condição de que: (a) tais cópias não sejam revendidas e (b) referência a fonte original da publicação e o nome da RASI estejam indicados claramente em todas as cópias feitas do material.