The end of cheap China?
Uma análise do catching up produtivo e da sofisticação das exportações chinesas entre 2001 e 2017.
DOI:
https://doi.org/10.20401/rasi.7.1.521Palavras-chave:
China, Comércio Internacional, Margens de comércio, Índice de preços, Estrutura produtivaResumo
Este trabalho tem como objetivo avaliar como as mudanças na estrutura produtiva chinesa impactaram os preços de bens industriais exportados pelo país entre 2001 e 2017. Para isto, considera-se o preço sendo uma variável explicativa da qualidade das exportações. Metodologicamente propõe-se calcular as margens intensiva e de qualidade de acordo com Hummels e Klenow (2005) para grupos setoriais categorizados por tipos de tecnologia (intensivas em escala, diferenciadas e baseadas em ciência). Com isso, a análise dos setores intensivos em escala, diferenciados e baseados em ciência sinaliza que há um processo virtuoso de transformação produtiva e tecnológica chinesa à medida que se observa um aumento generalizado da relevância das exportações chinesas em terceiros mercados, via margem intensiva. No entanto, a margem de qualidade das exportações, representada pelo índice de preços, encontra-se em uma posição inferior comparativamente às principais economias em termos de desenvolvimento produtivo e tecnológico.
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