Barreiras de adoção de uma inovação: O emprego da metodologia SCRUM na MRS Logística S.A.

Autores

  • Isabela Maria de Oliveira Duarte Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Favio Akiyoshi Toda Universidade Federal Fluminense
  • Maria Cristina Drumond e Castro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Gabriel Chagas Seixas Instituto Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.20401/rasi.5.2.313

Palavras-chave:

SCRUM, Stage Gate, gerenciamento de projetos de softwares, metodologias de gerenciamento ágil.

Resumo

O gerenciamento de projetos de softwares enfrenta o desafio de entregar soluções que atendam aos propósitos dos clientes. Historicamente, a metodologia tradicional Stage Gate foi a mais utilizada, porém para ambientes em transformação uma abordagem mais flexível se fez necessária. As metodologias ágeis surgiram como alternativas, merecendo destaque o SCRUM, possuindo uma maior valorização de interação entre os desenvolvedores e clientes e rápida adaptação às mudanças necessárias para atingir os resultados. Por outro lado, existem características da metodologia tradicional que são percebidas como importantes e estão ausentes no método ágil, gerando desafios de adaptabilidade. O presente trabalho teve como objetivo avaliar as barreiras de adoção desta inovação pela MRS Logística S.A., empresa ferroviária brasileira que utilizava a abordagem tradicional e passou a adotar a metodologia ágil SCRUM. Através de aplicação de entrevistas semi-estruturadas foi constatado que com a adoção desta metodologia foram percebidos diversos benefícios, como maior interação da equipe e entregas mais velozes. Porém algumas características da metodologia tradicional continuam sendo consideradas importantes, concluindo-se que a adoção de modelos híbridos é uma proposta mais adequada. Este estudo contribui na ampliação da discussão sobre metodologias de gerenciamento de projetos por meio da compreensão das barreiras de adoção de modelos ágeis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Albino, R. D., Souza, C. A., Prado, E. P. V. (2014). Benefícios alcançados por meio de um modelo de gestão ágil de projetos em uma empresa de jogos eletrônicos. Revista Gestão e Projetos, 5 (1), 15-27.

Angioni, M. Carboni, D., Pinna, S., Sanna, R., Serra, N. e Soro, A. (2006). Integrating XP Project management in development environments. Journal of Systems Architecture, 52 (11), 619-626.

Augustine, S., Payne, B., Sencindiver, F., Woodcock, S. (2005). Agile project management: steering from the edges. Communications of the ACM, 48 (12), 85-89.

Azanha, A., Argoud A. R. T. T., Camargo, J. B. Jr., Antoniolli, P. D. (2016). Agile project management with SCRUM: A case study of a Brazilian pharmaceutical company IT project. International Journal of Managing Projects in Business, 10 (1), 121-142.

Baldwin, C. Y. (1991). What is the future of banking? Harvard Business Review, 68 (4), 144-161.

Barlow, J., J. Giboney, M. Keith, D. Wilson, R. Schuetzler, P. Lowry, and A. Vance, A. (2011). Overview and guidance on Agile development in large organizations. Communications of the Association for Information Systems, 29 (1), 25-44.

Boehm, B., Turner, R. (2005). Management challenges to implementing agile processes in traditional development organizations. IEEE Software, 22 (5), 30-39.

Browning, T. R., Ramasesh, R. V. (2007). A survey of activity network-based process models for managing product development projects. Production and Operations Management, 16 (2), 217-240.

Cervo, A. L., Bervian, P. A. (2002). Metodologia científica. São Paulo: Prentice Hall.

Cervone, H.F. (2011). Understanding agile project management methods using SCRUM. OCLC Systems & Services: International Digital Library Perspectives, 27 (1), 18-22.

Cobb, C.G. (2011). Making Sense of Agile Project Management: Balancing Control and Agility. Nova Jersey: John Wiley & Sons.

Conboy, K. (2009). Agility from first principles: reconstructing the concept of agility in information systems development. Information Systems Research, 20 (3), 329-354.

Cooper, R. G. (2008). Perspective: The Stage-Gate Idea-to-Launch Process-Update, What`s New, and NexGen Systems. The Journal of Product Innovation Management, 25 (3), 213-232.

Cooper, R. G., Sommer, A. F. (2016). The Agile–Stage-Gate Hybrid Model: A Promising New Approach and a New Research Opportunity. The Journal of Product Innovation Management.

Cooper, R. G., Sommer, A. F. (2016). Agile-Stage-Gate: New idea-to-launch method for manufactured new products is faster, more responsive. Industrial Marketing Management.

Chin, G. (2004). Agile Project Management: How to Succeed in the Face of Changing Project Requirements. Nova York: Amacom Books.

Decarlo, D. (2004). Extreme Project Management: Using Leadership, Principles, and Tools to Deliver Value in the Face of Volatility. São Francisco: Jossey-Bass.

Dingsoyr, T., Nerur, S., Balijepally, V., Moe, N. B. (2012). A decade of agile methodologies: Towards explaining agile software development. The Journal of Systems and Software, 85, 1213-1221.

Duarte, R. (2004). Entrevistas em pesquisas qualitativas. Educar em Revista, 24, 213-225.

Fernandes, R. F.; Ferenhof, H. A.; Miguez, V. B.; Teza, P.; Souza, J. A.; Abreu, A. F.; Dandolini, G. A. (2012). A agilidade do framework SCRUM como prática viral de disseminação do conhecimento. Iberoamerican Journal of Project Management, 3 (1).

Flyvbjerg, B.; Budzier, A. (2011). Why your it project may be riskier than you think. Harvard Business Review.

Gil, A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas.

Griffin, A.; Price, R. L.; Vojak, B. A.; Hoffman, N. (2014). Serial Innovators' processes: How they overcome barriers to creating radical innovations. Industrial Marketing Management, 43, 1362–1371.

Hazée, S.; Delcourt, C.; Vaerenbergh, Y. V. (2017). Burdens of Access: Understanding Customer Barriers and Barrier-Attenuating Practices in Access-Based Services. Journal of Service Research. 20 (4), 441-456.

Highsmith, J. (2004). Agile Project Management: Creating Innovative Products. Califórnia: Addison-Wesley.

Machado, C. Jr.; Mazzali, L., Palmisano, A. (2015). Gestão de Projetos de Inovação: o caso de uma empresa líder do setor de eletrodomésticos. Revista de Administração e Inovação, 12 (3), 288-309.

Malhotra, N. (2006). Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman.

Nishijima, R. T., Santos, J. G. (2013). The challenge of implementing SCRUM agile methodology in a traditional development environment. International Journal of Computers & Technology, 5 (2), 98-108.

FINEP (2006). OCDE (Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico). Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. 3. Ed. Recuperado em 16 setembro, 2018, de https://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf.

PMI - Project Management Institute. (2018). Consulta a página institucional. Recuperado em 31 agosto, 2018, de https://brasil.pmi.org.

Raupp, F. M. e Beuren, I. M. (2006). Metodologia de Pesquisa aplicada às Ciências Sociais. São Paulo: Atlas.

Sandberg, B.; Aarikka-Stenroos, L. (2014). What makes it so difficult? A systematic review on barriers to radical innovation. Industrial Marketing Management, 43, 1293–1305.

Schwaber, K. (2004). Agile Project Management with SCRUM. Washington: Microsoft Press.

Schwaber, K. (2007). The Enterprise and SCRUM. Washington: Microsoft Press.

Schwaber, K., Sutherland, J. (2013). The SCRUM Guide.

Stacho, Z.; Potkány, M.; Stachová, K.; Marcineková, K. (2016). The organizational culture as a support of innovation processes’ management: a case study. International Journal for Quality Research, 10 (4), 769–784.

Standish Group International. (2009). CHAOS Summary 2009. Recuperado em 01 setembro, 2018, de http://www.standishgroup.com/.

Stoica, M.; Mircea, M., Ghilic-Micu, B. (2013). Software Development: Agile vs. Traditional. Informatica Economica, 17 (4), 64-76.

Story, V. M.; Daniels, K.; Zolkiewski, J.; Dainty, A. R. J. (2014). The barriers and consequences of radical innovations: Introduction to the issue. Industrial Marketing Management, 43, 1271–1277.

Sutherland, J. (2014). The Art of doing twice the work in half the time. Nova York: Crown Business.

VersionOne. The 10th Annual State of Agile Report (2015). Recuperado em 06 julho, 2018, de https://www.versionone.com/about/press-releases/versionone-releases-10th-annual-state-of-agile-report/.

Williams, L., Cockburn, A. (2003). Agile software development: it’s about feedback and change. IEEE Computer Society, 36, 39-43.

Downloads

Publicado

2019-04-29

Edição

Seção

Artigos Científicos